Depois de uma longa viagem em busca do fim, recomeçamos soterrados em destroços de uma vila carbonizada. Os extremos do corpo gelam de medo e aflição confrontados com a pequenez que somos. Triangulações perfeitas, numa harmonia idealizada, não são nada mais que imaginação. E o sonho, que nos comanda, faz-nos lastimar por almas perdidas e desalojadas. Triângulos de medo e indecisão no rosto de quem nunca chorou. Sempre conectados com o mundo, longe de nós. Transformações catastróficas da paz. Imagens que valem tudo, menos os nossos corpos - esses nem a natureza consegue matar. Comandam-nos a vida em segundos, enquanto pressentimos que o comando está nas nossas mãos.
TSUNAMI AFTERMATH; World Press Photos (2012)

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